terça-feira, 8 de setembro de 2009




Tigre (Panthera tigris) é um mamífero da família dos Felinos ou Felídeos. É uma das quatro espécies dos "grandes gatos" que pertence ao género Panthera. Os tigres são predadores carnívoros.

Um macho adulto pode pesar mais de 300 kg. São caçadores noturnos e apesar de seu grande tamanho, podem se aproximar de suas presas em completo silêncio, antes de se precipitar sobre elas a curta distância. Entre os carnívoros terrestres eles têm os maiores dentes que podem chegar a 10 cm e as maiores garras atingindo os 8 cm. A força da sua mordida é a mais forte entre todos os felinos. Ele é um grande nadador, eles usam isso para se refrescarem. Já aconteceu de tigres nadarem mais de 5km.



O leão (Panthera leo) é um grande felino, originalmente encontrado na Europa, Ásia e África. Tais felinos possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros (que encobrem um esporão córneo, para espantar moscas) e machos com uma longa juba. Há ainda uma raridade genética de leões brancos, que, apesar de sua linda aparência, apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, logo, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati.

Os leões estão muito concentrados atualmente nas savanas reservadas, onde caçam principalmente grandes mamíferos, como antílopes, zebras, búfalos e javalis; entretanto, um grupo pode abater um elefante que esteja só. Também é freqüente o confronto com hienas, estando estas em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.

O leão é apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar no topo da cadeia alimentar. Não obstante, são os felinos mais sociáveis do mundo: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.

Classificação

O leão apresenta 15 subespécies, algumas delas extintas.

Panthera leo azandica - NE Congo
Leão-do-catanga (Panthera leo bleyenberghi) - Katanga
Leão-congolês (Panthera leo hollisteri) - Congo
Leão-sul-africano (Panthera leo krugeri) - África do Sul
Leão-do-atlas (Panthera leo leo) † - Norte de África, extinto na natureza em 1922
Leão-massai (Panthera leo massaicus) - Quénia
Leão-do-cabo (Panthera leo melanochaita) † - África do Sul, extinto em 1860
Leão-núbio (Panthera leo nubica) - Leste africano
Leão-asiático (Panthera leo persica) - Antigamente espalhados da Turquia à Índia central e do Cáucaso ao Iêmen, porém hoje restrito à floresta de Gir no noroeste da Índia, aonde restam não mais do que 300 exemplares.
Leão-europeu (Panthera leo europaea) † - extinto desde 100 d.C. Habitava a área mediterrânea da Europa (de Portugal à Bulgária e da França à Grécia). Status como subespécie ainda não confirmado; pode ser sinômino de Panthera leo spelaea ou Panthera leo persica.
Leão-etíope (Panthera leo roosevelti) - Abissínia
Leão-senegalês (Panthera leo senegalensis) - Senegal
Leão-somaliano (Panthera leo somaliensis) - Somália
Leão-do-sudoeste-da-áfrica (Panthera leo verneyi) - Kalahari
Leão-americano (Panthera leo atrox ou Panthera atrox) † - América do Norte, extinto no Plistocénico
Leão-das-cavernas (Panthera leo spelaea) † - Europa e Ásia (centro e norte), extinto no Plistocénico

Aparência

O leão macho é facilmente reconhecido pela sua juba. No entanto, existe em Angola uma subespécie quase extinta, em que nenhum dos indivíduos possui juba. Seu peso varia entre as subespécies, num intervalo de 150 kg a 250 kg, raramente ultrapassando esse peso na natureza. As fêmeas são menores, pesando entre 120 kg e 185 kg. São dos maiores felinos vivos, menores apenas do que os tigres-siberianos e tigres-de-bengala: os machos medem entre 260 e 330 cm, e as fêmeas, entre 240 e 270 cm. Podem correr numa velocidade aproximada de 50 km/h, mas somente em pequenas distâncias.

Quando filhotes, machos e fêmeas têm a mesma aparência; no decorrer do crescimento, os machos adquirem as jubas. Chegando à maturidade sexual, os machos novos optam por viver sozinhos ou disputar a liderança do grupo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Tudo sobre morsegos


Os morcego são os únicos animais mamíferos (ordem Chiroptera) capazes de voar. Representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo: são cerca de mil espécies, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros até dois metros; enorme capacidade de adaptação a qualquer ambiente e ampla variedade de hábitos alimentares, nunca vista em nenhuma outra ordem animal, pois podem se alimentar de frutas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados e peixes. Somente três espécies se alimentam de sangue, ou seja, são morcegos hematófagos, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México. Dessa maneira contribuem substancialmente para o equilíbrio dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes e controladores das populações de insetos. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biosonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para voar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.


Anatomia


O osso do metacarpo e o segundo e quinto dedos dos membros anteriores são alongados, e entre eles existe uma membrana, chamada quiropatágio. A membrana se estende dos dedos até ao lado do corpo e deste até à base dos membro posteriores. A asa inteira de um morcego é chamada patágio. Muitas espécies têm também uma membrana entre os membros posteriores incluindo a cauda. Esta membrana é o uropatágio.


O patágio está cheio de delicados vasos sangüineos, fibras musculares e nervos. No tempo frio, os morcegos enrolam-se em suas próprias asas como num casaco. No calor eles as expandem para refrescar seus corpos.



O polegar e às vezes o segundo dedo dos membros anteriores têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As garras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem se mover no chão, mas são bastante desajeitados.

Todos os morcegos são ativos à noite ou ao crepúsculo. Os seus sentidos de olfato e audição são excelentes e ao contrário do que muitos pensam, eles possuem uma boa visão.

Os dentes se parecem com os dos insetívoros. São pontiagudos para que possam perfurar o exosqueleto (constituído por quitina) dos insetos ou a casca das frutas.

Ecolocalização

A maioria dos morcegos possui um sentido adicional, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: O morcego emite ondas ultra-sônicas, ou seja, com freqüência muito alta, pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com freqüência menor. Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde vieram e nas direções de onde nenhum eco veio, os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, as distâncias, as formas e as velocidades relativas entre eles, no caso de insetos voadores que servem de alimento, por exemplo. Por isso, esse sentido chama-se ecolocalização, ou seja, orientação por ecos, uma habilidade que eles dividem com os golfinhos e as baleias.

Também pode ser chamado de "biosonar", pois foi a partir deste sistema que foram desenvolvidos os sonares de navios e aparelhos de ultra-som. Na verdade, nenhuma "imitação humana" se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um recurso muito importante para animais que precisam se orientar à noite ou em ambientes escuros, como as cavernas. A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insetívoro, ou predadores de insetos em geral, possuem-no mais desenvolvido.

Reprodução

Um morcego recém-nascido se agarra à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos freqüentemente formam colônias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de dois (em algumas espécies de morcegos frugívoros) a sete meses (em morcegos hematófagos), variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.

Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera se tornam independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.

A expectativa de vida do morcego vai de dez a trinta anos, variando muito conforme a espécie.

Inimigos naturais


Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe um tipo de falcão, que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Poucos morcegos descem ao chão para se alimentar, salvo casos observados nos gêneros Artibeus e Centurio. Morcegos podem ir ao chão devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim, como estratégia de aproximação ou então quando estão doentes. Também existem relatos de algumas espécies de sapos e lacraias cavernícolas que predam morcegos, além, é claro, de morcegos carnívoros maiores, especialmente da tribo Vampirinii, que se alimentam dos menores. Marsupiais brasileiros, como gambás e cuícas da família Didelphidae, também costumam predar morcegos.

Os piores inimigos dos morcegos são os parasitas. As membranas, com seus vasos sangüíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos. Alguns grupos de insetos sugam apenas o sangue de morcegos, por exemplo as moscas-de-morcego, pertencentes às famílias Streblidae e Nycteribiidae. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.

Transmissor da raiva

Ainda que o perigo de transmissão de raiva se resuma aos locais onde essa doença é endêmica, dos poucos casos relatados anualmente, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contato com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, seguida de óbito.

Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem.

Os morcegos têm dentes muito pequenos e podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos. Contribui para isso uma substância anestésica presente na saliva desses animais.

Se um morcego for encontrado em uma casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para o centro local de controle de zoonose para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas do cômodo exceto uma para o exterior. O morcego logo sairá.

Devido ao risco de raiva e também a problemas de saúde relacionados a suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dos EUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que morcegos nela se instalem.

Nos locais onde a raiva não é endêmica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.

Aspectos culturais

O morcego é sagrado em Tonga e na África Ocidental, e freqüentemente é considerado a manifestação física de uma alma separada. Os morcegos estão intimamente relacionados com os vampiros, que se diz serem capazes de se metamorfosear em morcegos. São também um símbolo de fantasmas, morte e doença. Entre alguns nativos americanos, como os Creeks, Cherokees e Apaches, o morcego é um espírito embusteiro. A tradição chinesa afirma que o morcego é um símbolo de longevidade e felicidade, bem como na Polônia, na região da Macedônia e entre os Árabes e Kwakiutls.

Na cultura ocidental o morcego é freqüentemente associado à noite e à sua natureza proibida. É um dos animais básicos associado com os caracteres ficcionais da noite, tanto a vilões como Drácula, quanto a heróis como Batman.

No Reino Unido todos os morcegos estão protegidos pelos Decretos da Vida Silvestre e Zona Rural (Wildlife and Countryside Acts), e mesmo perturbar um morcego ou seu ninho pode ser punido com pesada multa.

Morcegos no Brasil

Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de Proteção à Fauna. A sua perseguição, caça ou destruição, no país, são consideradas crimes.

Nos estados de Mato Grosso e de Minas Gerais vêm sendo registrados surtos de raiva transmitida por espécies hematófagas. Estes surtos são conseqüência da intensa ação antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat natural dessas espécies para a construção de casas e loteamentos. As populações humanas, ao se estabelecerem na rota de migração dessas espécies, acabam sujeitas a contrair a doença, que também afeta o gado.

Dez razões para gostar de morcegos

1.São grandes contrbibliotecas[1].
2.São responsáveis em locais distantes do original, onde podem nascer novas árvores. Mais de quinhentas pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.
3.Auxiliam na reprodução de mais de quinhentas espécies de plantas, visitando as flores como fazem, de dia, os beija-flores e as abelhas, transportando o pólen de flor em flor.
4.Há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo roedores, que tantos prejuízos causam à agricultura.
5.São largamente empregados em pesquisas científicas, incluindo a ação de medicamentos que, no futuro, poderão ter aplicação em humanos.
6.As fezes dos morcegos constituem excelente adubo natural. Foram intensamente exploradas até ao desenvolvimento de adubos industriais.
7.Têm sido estudados para aperfeiçoamento do sonar.
8.A saliva do morcego hematófago tem forte ação anticoagulante. A sua pesquisa poderá ter aplicações no tratamento de várias doenças vasculares.
9.São importantes elos na cadeia alimentar.
10.O seu desaparecimento poderá resultar em desequilíbrio ambiental, causando maiores danos do que os causados pela sua proximidade com o Homem

Classificação

Há duas subordens de morcegos:

1.Megachiroptera, raposas-voadoras
2.Microchiroptera, verdadeiros morcegos
Os Megachiroptera são encontrados na África, Oceania e Ásia. Como o seu nome indica, nesta subordem que encontram-se os maiores morcegos do mundo, os quais chegam a 2 metros de envergadura e comem frutas. Não utilizam a ecolocação, à excepção do gén. Rousettus. A subordem Microchiroptera contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas (frugivoros) até peixes(piscivoro), e com freqüência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas. Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematófagos. (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngii).

Acreditava-se que as duas subordens tinham se desenvolvido de forma independente, e que suas características semelhantes eram o resultado de evolução convergente. Mas análises genéticas mostraram que os dois grupos têm um ancestral voador comum.

Sabe-se pouco sobre a evolução dos morcegos, já que seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem. Os morcegos fósséis mais antigos encontrados são o Icaronyctens, Archaeonyctnes, Palaeochropteryx e Hassianycteris do Eoceno inferior (cerca de 50 milhões de anos atrás), mas eles já eram muito semelhantes aos Microchiroptera modernos.

Os morcegos eram usualmente agrupados, junto com os Scandentia, Dermoptera e primatas, na superordem Archonta, mas novos estudos genéticos, morfológicos e paleontológicos revelaram que os morcegos não ligam-se a estes animais. Com a exclusão dos Chiroptera, o grupo passou a ser batizado de Euarchonta.

ORDEM CHIROPTERA
Subordem Megachiroptera
Pteropodidae
Subordem Microchiroptera
Superfamília Emballonuroidea
Emballonuridae
Superfamília Rhinopomatoidea
Rhinopomatidae
Craseonycteridae
Superfamília Rhinolophoidea
Rhinolophidae
Nycteridae
Megadermatidae (Falso vampiros)
Superfamília Vespertilionoidea
Vespertilionidae
Superfamília Molossoidea
Molossidae
Antrozoidae
Superfamília Nataloidea
Natalidae
Myzopodidae
Thyropteridae
Furipteridae
Superfamília Noctilionoidea
Noctilionidae
Mystacinidae (morcego-de-rabo-curto da Nova Zelância)
Mormoopidae
Phyllostomidae

(Pedidos pra animais adicione o meu msn gabriel_rodrigues_a@hotmail.com)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Équidna




A équidna-de-focinho-curto (português brasileiro) ou equidna-de-focinho-curto (português europeu) (Tachyglossus aculeatus, do grego: tachy, rápido + glossus, língua; e do latim: aculeo, espinho + atus, portador) é um monotremado da família Tachyglossidae. É a única espécie do gênero Tachyglossus. Pode ser conhecida também como équidna-de-bico-curto (português brasileiro) ou equidna-de-bico-curto (português europeu) e équidna-ouriço (português brasileiro) ou equidna-ouriço (português europeu). Antigamente também era chamada de tamanduá-espinhoso. Essa équidna é politípica, com cinco subespécies.

Animal de hábitos diurnos e/ou noturnos, está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros. É a menor das espécies de équidnas conhecidas. Diferencia-se do gênero Zaglossus por diversas características físicas, entre elas o tamanhos dos membros, do focinho e quantidade de espinhos; hábitos alimentares e comportamentais. Apresenta o corpo coberto por espinhos, que podem medir até seis centímetros de comprimento. Ovípara, a fêmea bota um único ovo, numa espécie de bolsa que se desenvolve no abdômen na época de acasalamento, onde incuba por aproximadamente vinte e sete dias. Os filhotes nascem cegos e pelados, e com um ano já são independentes.

É uma espécie pouco ameaçada de extinção, sendo encontrada em variados ecossistemas. Se adaptou bem a colonização da Austrália, podendo ser encontrada em áreas agrícolas e pastagens. A população é estável, tendo poucos fatores de risco. Representa um dos ícones da Austrália, aparecendo no verso da moeda de cinco centavos do dólar australiano, e como mascote em eventos e competições.



Gambá (de guámbá, o ventre aberto, a barriga oca por causa da bolsa onde cria os filhos) é o nome popular de um animal típico das Américas. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos, pertencentes ao gênero Didelphis, que habitam do sul do Canadá à Argentina e são onívoros. Na natureza têm como principal predador o gato-do-mato (Leopardus spp.), enquanto nas cidades são freqüentemente atropelados por terem a visão ofuscada pelos faróis e por terem pouca mobilidade – exceto nas árvores. São ainda confundidos por vezes com o cangambá (Mephitis mephitis), que embora se assemelhe, não é um marsupial, mas sim um mustelídeo

Lontra (Lutra longicaudis)



A lontra é um animal mamífero da sub-família Lutrinae, pertencente à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Vive na Europa, Ásia, África, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. Seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos freqüentemente aves e pequenos mamíferos.

Geralmente a lontra tem hábitos noturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e seus filhotes, os machos não vivem em grupos e só se junta a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e ao fim nascem de 1 a 5 filhotes.

A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pesa até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala a lontra faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele e pela depredação dos ecossistemas aos quais a lontra está adaptada.

Esse animal possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo por sua vez é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.

Embora seja um animal carnívoro e normalmente selvagem, a lontra é dócil e gosta de brincar com as pessoas, sendo que muitas vezes é possível domesticá-la.

A lontra é capaz de assobiar, chiar e guinchar. Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.

Ornitorrinco


“ O ornitorrinco, considerado uma das espécies mais estranhas do mundo, é uma mistura genética de mamíferos, répteis e aves, segundo indica o seqüenciamento do seu genoma, publicado na última edição da revista científica Nature. ”

Os mais de cem pesquisadores responsáveis pelo seqüenciamento do genoma dizem que as características únicas dos ornitorrincos estão refletidas em seu DNA.


Os animais são originários de um ramo inicial da família dos mamíferos, e assim como os demais mamíferos são cobertos de pelos e produzem leite. Mas põem ovos como répteis e aves.


Segundo os responsáveis pelo estudo, a seqüência genômica do ornitorrinco pode dar pistas sobre a evolução dos seres humanos e de outros mamíferos.


O ornitorrinco é o mais recente de uma série de mamíferos a ter seu código genético decifrado, entre eles o camundongo, o rato, a ovelha, o cavalo e o cachorro.


Mas o animal é o único membro dos monotremados (mamíferos que põem ovos) a ter seu genoma seqüenciado.


Características pouco usuais


Segundo um dos coordenadores do estudo, Chris Pontig, da Universidade de Oxford, o ornitorrinco foi escolhido por suas características pouco usuais.


O animal é tão estranho que foi considerado uma farsa quando foi enviado no século 19 por cientistas da Austrália, onde era originalmente encontrado, para a Europa.


“Ele tem uma aparência muito estranha porque é uma mistura com bico de pato, olhos de toupeira, ovos de lagarto e o rabo de um castor”, disse Pontig à BBC.


“Este era um de uma série de mamíferos que podíamos ter escolhido, mas era certamente aquele que todos queriam ver seqüenciado por causa de suas características pouco usuais”, afirmou.


“É maravilhoso ver toda a mistura de diferentes características que o ornitorrinco exibe; ver aquelas características refletidas no DNA, nos genes dessa criatura, que mantém mistérios para os cientistas e para a população em geral desde que foi descoberto, há 200 anos”, complementou.


Preservação


O DNA analisado veio de uma fêmea, batizada de Glennie, que foi capturada em Nova Gales do Sul, na Austrália.

A
seqüência foi então comparada com pedaços de DNA de cerca de outros cem ornitorrincos que também viviam de maneira selvagem.


Mark Batzer, da Universidade de Louisiana, em Baton Rouge, que também participou do estudo, disse que os dados devem ajudar os esforços de preservação ao permitir que os cientistas investiguem o tamanho da população, sua estrutura e seus hábitos de procriação.


“No caso do ornitorrinco, nós claramente aprendemos muito sobre um organismo único que tem uma relevância em termos de sua condição ameaçada e da biologia da preservação”, disse.


Segundo ele, “uma grande surpresa foi a natureza de retalhos do genoma, com características de aves, répteis e mamíferos”.


Os ornitorrincos são encontrados nos Estados do leste da Austrália, vivendo em rios e riachos e em suas proximidades.


Eles têm uma visão acurada, mas apenas abrem seus olhos quando estão fora da água.


Sob a água, eles recorrem ao tato e a um sentido especial chamado de electro-recepção, que permite a eles detectar pequenas mudanças no campo elétrico gerado por suas presas.